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A equipa do jornal escolar contactou alguns alunos no sentido de obter alguns relatos sobre esta nova experiência do ensino @ distância... Eis o segundo relato:
Ensino à distância por Maria Leonor Cardoso
Sempre ouvi dizer que não se dá o verdadeiro valor às coisas até que as perdemos, e isto nunca fez tanto sentido para mim! Hoje percebo a importância de determinadas coisas que antes me diziam pouco talvez por as considerar banais e por nunca pensar que as perderia. (Até das aulas de inglês tenho saudades, nunca pensei!) Pela primeira vez na minha vida estou a enfrentar um acontecimento que irá marcar a história, inicialmente não percebia isso nem a sua gravidade, até que os números começaram a aumentar, tendo surgido as restrições, as mudanças... O ensino à distância é, na minha opinião, a maior mudança de todas, tem sido um desafio complicado, são muitas horas à frente de um computador, foi necessária muita organização não só minha, mas de todos os que moram nesta casa que foram tal como eu obrigados a adaptar-se e a mudar rotinas. “Estamos todos no mesmo barco”: alunos, professores, pais, trabalhadores, reformados - de diferentes formas enfrentamos problemas, mas felizmente eu tenho tido muita ajuda, especialmente dos meus professores que se mostram compreensivos e prontos a ajudar. Quando a minha quarentena começou pensava todos os dias nos bons momentos que poderia estar a passar mas depois acabava por ficar triste, então tento não pensar assim e faço tudo, o que depender de mim, para a situação acabar o mais rápido possível, apesar de estar sempre na minha mente a próxima vez que irei rir com os meus amigos, abraçar os meus avós ou simplesmente sair à rua sem ter de fazer todo um mapa mental para respeitar as normas impostas. Na nossa vida vamos sempre ter de enfrentar desafios, uns mais complicados que outros, e eu tento ver esta situação como algo que me vai fazer crescer enquanto pessoa e que me irá preparar para o futuro, algo que fará de mim melhor pessoa, mais versátil e compreensível. “Vai ficar tudo bem!” Maria Leonor Cardoso, 10ºA |