Adelina, a jubilada,
Conservou sempre a figura
Sorridente e aprumada,
Distante, mas com lisura;
Exilada na Damaia,
Construiu o seu futuro,
Novos acordes ensaia,
Mesmo com trabalho duro:
Menina sem tranças pretas,
Mas dos Montes e com raça,
Manda às malvas essa treta,
Vai vender limões à praça.
Deixa a capital do reino,
Pois Proença é Nova aposta,
Mas como tem muito treino,
De ser chefe é que ela gosta!
Antes de encerrarmos isto,
Explique-nos a heresia
De vermos no seu registo
Chão Galego a freguesia!
Paga-nos hoje a promessa
Com gosto, nós vemos isso,
Deixe às vezes a tripeça,
Dê fim ao longo sumiço!
Vida longa c´o consorte
Desejamos venha a ter:
Invejamos sua sorte,
Mas gostamos de a cá ver!
Gil, 02/04/2008 |
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