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ROTEIRO DE UMA VIAGEM

AÇORES - SÃO MIGUEL

 

No passado dia 29 de abril, nós, os alunos do 11.º ano, realizámos uma visita de estudo aos Açores, durante quatro dias, acompanhados pelos professores Cilena Santos, Madalena Catarino e Bruno Costa. Queremos, desde já, agradecer aos mesmos, pois sem eles esta visita não teria sido possível.

A título informativo, os Açores são um arquipélago formado por nove ilhas. Foi descoberto e povoado por portugueses no princípio do século XV. Não se sabe ao certo a data precisa em que este foi descoberto, todavia, acredita-se que São Miguel e Santa Maria foram as primeiras ilhas reconhecidas pelo navegador luso Diogo de Silves, por volta de 1427. Há quem diga que este descobriu as ilhas açorianas por engano. Engano ou não, Diogo Silves descobriu o que nós temos hoje o prazer de chamar as nossas ilhas açorianas.

A nossa aventura teve início com a viagem de autocarro até ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde um avião rumo ao Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada na ilha de São Miguel, nos Açores, nos aguardava. Não é todos os dias que se viaja de avião e, como tal, para alguns de nós esta viagem foi o Batismo do ar. Chegados ao destino, e após a recolha das malas, dirigimo-nos para a Pousada da Juventude, onde realizámos o check-in. Demos início ao nosso périplo por terras açorianas, com o Passeio Literário, programada pela professora de português Rosa Roque, com o intuito de recriar a vida do escritor açoriano, Antero de Quental. Saímos da Pousada e calcorreando as ruas micaelenses, seguimos em direção ao jardim Antero de Quental; passámos pela casa onde o poeta nasceu; prosseguimos para as Portas da Cidade e terminámos no Parque S. Francisco, junto a um banco com uma inscrição na parede, local escolhido pelo poeta que, num ato de desalento, e com um tiro de revólver, atentou contra à sua própria vida. Este passeio por ruas e ruelas permitiu um primeiro contacto com a cidade, pudemos assim apreciar a beleza natural da ilha cujo intenso azul marinho das águas do mar enchiam as nossas retinas. Para concluir o roteiro sobre a vida de Antero de Quental, seguimos até ao cimo da cidade, mais precisamente até ao cemitério de S. Francisco, onde pudemos observar o túmulo do poeta açoriano, mentor da Geração de 70, grupo de escritores importantes do séc. XIX em Portugal, do qual também de destaca o famoso romancista realista português, Eça de Queirós.

Depois do almoço, realizámos uma visita ao Algar do Carvão de interesse geológico, onde pudemos visualizar o percurso da escoada de lava do vulcão adormecido, de tipo efusivo, com exploração às grutas subterrâneas. À noite, após o jantar, foi-nos permitido entrar na dinâmica cultural da vida açoriana, assistindo a um concerto universitário junto às Portas da Cidade.

O 2.º dia teve início com a visita à Fábrica de chá Gorreana, fundada em 1853. Presentemente é a mais antiga e única, plantação de chá da Europa que se dedica ainda à produção artesanal de chá, com cerca de 40 colaboradores, desde a colheita das folhas mais saudáveis e produtivas até ao processo de empacotamento. Esta localiza-se numa encosta com vista sobre o Atlântico, coberta de plantas de chá. Durante o percurso até à fábrica, visitamos ainda o miradouro de S. Iria, o que permitiu visualizar paisagens de cortar a respiração, onde o azul do mar, do céu e o verde da vegetação se confundiam e turvavam a nossa vista.

Ainda no período da manhã, dirigimo-nos para as Furnas, onde pudemos observar o Vulcão a “respirar”, através das fumarolas, pequenos orifícios no solo, de onde saía vapor misturado com enxofre, pairando assim no ar um cheiro peculiar. Posteriormente ao almoço, na localidade das Furnas, dirigimo-nos para o Centro de Monitorização e Investigação da Lagoa para conhecermos melhor um pouco da sua história.

Para encerrar o dia de exploração, fomos ao Parque Terra Nostra para contactar com a imensa biodiversidade do local e para banhos termais na piscina de água temperada e férrea. Foi relaxante, com cambalhotas e brincadeiras à mistura. No caminho de regresso à Pousada, o nosso condutor levou-nos a conhecer a praia com vista para o ilhéu de Vila Franca do Campo.

Após jantar, e para descontrair um pouco, fomos passear com os professores até à Marina de Ponta Delgada.

No 3.º dia, após a tomada do pequeno-almoço na pousada, dirigimo-nos para a Lagoa do Fogo, onde pudemos contactar com a beleza natural e deslumbrante das paisagens envolventes, das cores vivas e luxuriantes da vegetação, enfim um cenário idílico, sem dúvida, na Terra, preservado ainda pelo Homem. No período da manhã ainda, visitámos a Caldeira Velha onde existe uma imensa variedade de flora endémica e banhos termais.

Já almoçados, seguimos para as Sete Cidades, passando pela Lagoa do Canário, com destino ao miradouro da Vista do Rei. No miradouro da Vista o Rei conseguimos observar a beleza de toda a paisagem sobre “a Lagoa Verde e a Lagoa Azul”, sobre as quais, aliás, existe uma bela e misteriosa lenda. Além da Lagoa, pudemos observar também a pequena vila pitoresca localizada na margem oriental da Lagoa das Sete Cidades. Ainda na Vista do Rei observamos o Hotel Monte Palace que aguarda por uma requalificação para fins turísticos, e foi a partir daquele local que iniciámos um percurso pedestre, com cerca de sete quilómetros. O percurso foi realizado sempre em redor da Lagoa e foi relativamente acessível e de baixa dificuldade. Por fim, fomos jantar e descansar: o nosso último dia tinha chegado.

Tal como todas as aventuras, esta também teve um fim, e, no último dia, aproveitamos bem a manhã livre para descontrair, desfrutar dos últimos momentos em território açoriano e comprar as últimas lembranças para oferecer aos nossos familiares.

A viagem de regresso de avião foi relativamente calma, bem como a viagem de autocarro até Proença, sempre com boa disposição, e sem grandes incidentes.

Para finalizar, do que mais gostamos foi, sem dúvida, das lindas paisagens, dos sítios que visitamos, do clima ameno, das comidas e das bebidas típicas, do concerto do artista Julinho, das experiências vividas em conjunto e das gargalhadas e, por fim, dos momentos de aprendizagem e de convivência entre amigos e professores, que nos ajudaram a crescer como pessoas.

Trabalho realizado pelos seguintes alunos do 11.º A:

Cristóvão, n.º 2, Diogo Caetano, n.º 5, Gabriel, n.º 10, Jéssica Dias, n.º 14, João Carvalho, n.º 15 e Rodrigo Serrano, n.º 26.

 

 

Sobre Antero de Quental

 


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