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1 de Fevereiro de 1908

REGICÍDIO

D. Carlos I é assassinado no Terreiro do Paço

 

O trágico acontecimento está assinalado numa placa no Terreiro do paço, em Lisboa: Neste local, a 1 de Fevereiro de 1908, morreram pela Pátria S. M. El-Rei D. Carlos e o Príncipe Real Dom Luís Filipe.

A família real regressava à capital, vinda do Paço de Vila Viçosa, nessa primeira tarde de Fevereiro, quando D. Carlos I (1863-1908) e o príncipe herdeiro Luís Filipe (1887-1908) foram alvejados certeiramente pelos disparos de Manuel da Silva Buíça, um professor primário expulso do Exército, e de Alfredo Costa, um empregado do comércio e editor. O segundo filho, Manuel Maria, escapou com um ferimento ligeiro depois de ter sido resguardado pela mãe, D. Amélia, na carruagem aberta, que de imediato se precipitou para a porta do Arsenal. Os dois homicidas foram mortos logo de seguida.

Estes são os factos, profusamente relatados pela imprensa – o Regicídio não foi registado em fotografia, somente em ilustrações – nos dias subsequentes, e que tiveram amplo reflexo no país e no estrangeiro. Dele muito se falou há dois anos, a pretexto do centenário, e da correlação directa que o homicídio real teve com o fim de mais de sete séculos de monarquia em Portugal, com a destituição de D. Manuel II e a implantação da República, a 5 de Outubro de 1910.

O grau de intervenção do Partido republicano, da Maçonaria e da Carbonária na precipitação do Regicídio, quando o reinado de D. Carlos I era cada vez mais contestado, nomeadamente pelo seu apoio à ditadura de João Franco, é ainda objecto de leituras e interpretações diversas. A verdade é que o rumo da História alterou-se radicalmente e Portugal tornava-se, dois anos depois, numa das primeiras repúblicas da Europa.

 


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